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الأربعاء، 16 فبراير 2011

Marian Keyes losangles

O sexto romance de Marian Keyes é uma história absolutamente cativante sobre um casamento que deu errado e uma mulher sensível que, subitamente, resolve fazer o que bem entende da vida.
Diferente do resto de sua família, Maggie Walsh sempre foi a irmã mais certinha de todas, em tudo, a santa que andava sempre na linha. Pelo menos até o dia que largou o marido e foi para Hollywood!
"Em breve estaremos pousando no Aeroporto Internacional de Los Angeles. Por favor certifiquem-se de que o encosto de suas poltronas está na posição vertical, de que você não está nem um quilinho acima do peso e de que seus dentes estão brancos como neve."
Em L.A., roupas sofisticadas, pessoas magérrimas e emperiquitadas e festas bem freqüentadas são presenças constante, e acreditem: até as palmeiras ao longo das calçadas são magras.
Ao se hospedar com a sua melhor amiga, Emily, uma roteirista raladora, Maggie começa a fazer coisas que jamais fizera antes, tipo se enturmar com estrelas de Hollywood e até mesmo usar meias-calças na cabeça para firmar o penteado e fazer apresentações de roteiros para produtores de cinema na maior cara-de-pau - e mais, muito mais!
Assim, conhece o misterioso Troy, um homem tão antiaderente, que é conhecido como Teflon Humano.
Acompanhe Maggie em sua jornada (de descobertas) com as estrelas dos subúrbios sofisticados de L.A. ao bronzeado deslumbrante que só se consegue nas praias da Califórnia, engolindo mágoas e, de quebra, muitos martínis, enquanto procura o que realmente quer da vida e qual o verdadeiro motivo de ter pulado fora do casamento.






















Prólogo


"Em breve estaremos pousando no Aeroporto Internacional de Los Angeles. Por favor certifiquem-se de que o encosto de suas poltronas está na posição vertical, de que você não está nem um quilinho acima do peso e de que seus dentes estão brancos como neve."








































CAPÍTULO 1


Eu sempre levei uma vida razoavelmente irrepreensível. Até o dia em que larguei o meu marido e fugi para Hollywood, eu nunca tinha feito nada de errado. Pelo menos, nada que muita gente ficasse sabendo. Foi por isso que quando, sem mais nem porque, tudo começou a se desintegrar em minha vida como papel molhado, não consegui afastar a desagradável suspeita que aquilo já era pra ter acontecido há muito tempo. Toda aquela vida certinha não era nem um pouco natural.
É claro que eu não acordei de manhã um belo dia e saí do país, deixando o meu pobre marido, sonolento e com cara de bobo, se perguntando o que significava aquele envelope em cima do travesseiro. Estou fazendo a coisa toda parecer mais dramática do que realmente foi, o que é estranho, porque eu nunca tive propensão para o drama. Nem propensão para usar palavras como "propensão", por falar nisso. Mas, desde o lance com os coelhos, e talvez antes mesmo disso, as coisas com Garv já andavam meio desconfortáveis e esquisitas.
Foi quando passamos por dois episódios que as pessoas costumam chamar de "reveses". Só que, em vez de tornar o nosso casamento mais forte - como sempre parecia acontecer com outras almas afortunadas que sofriam reveses e superavam para depois contar tudo nas revistas femininas favoritas de minha mãe -, o nosso tipo particular de revés fez exatamente o que a palavra insinua. Nos fez andar de ré. Eles se enfiaram entre mim e Garv e nos afastaram um do outro. Embora não comentássemos nada a respeito, eu sabia que Garv me culpava.
Até aí, tudo bem, porque eu me culpava também.
O nome dele na verdade é Paul Garvan, mas, quando eu o conheci, nós dois ainda éramos adolescentes e ninguém chamava ninguém pelo primeiro nome. "Cabeção", "Mosquito", "Baleia" e "Mongão" eram os nomes pelos quais alguns de nossos amigos eram conhecidos. Ele era Garv, foi assim que eu o conheci, e só o chamo de Paul quando estou extremamente revoltada por algum motivo.
Do mesmo modo, meu nome é Margaret, mas ele me chama de Maggie, a não ser quando eu pego o carro dele emprestado e arranho a lateral em uma das pilastras do edifício-garagem (coisa que acontece com mais freqüência do que vocês poderiam supor).
Eu estava com vinte e quatro e ele com vinte e cinco quando nos casamos. Ele foi o meu primeiro namorado, como minha pobre mãe não cansa de contar para as pessoas. Ela imagina que isso prova o quanto eu era uma jovem sossegada, uma menina que não ficava pulando de cama em cama por aí. (Fui a única de suas cinco filhas que não fez isso; podemos culpá-la por exibir minha suposta virtude?) O que ela se esquece de mencionar quando conta vantagens para as amigas é que Garv pode ter sido meu primeiro namorado, mas não foi o único.
Enfim...
Já estávamos casados há nove anos e não dá pra dizer ao certo quando foi que eu comecei a fantasiar sobre o fim do casamento. Não que eu quisesse isso, acreditem. Mas achava que se eu imaginasse o pior cenário possível, isso seria a garantia de que o fato nunca iria acontecer. Entretanto, em vez disso servir de garantia, acabou materializando a coisa toda. Só para vocês verem...
O fim veio de forma surpreendente súbita. Em um minuto meu casamento estava direitinho nos trilhos - apesar de eu andar fazendo coisas estranhas como beber minhas lentes de contato -, e no minuto seguinte estava totalmente descarrilhado, acabado, o que me pegou completamente desprevenida, pois eu sempre achei que haveria o período regulamentar de arremesso de pratos um no outro e trocas de palavrões, antes de a bandeira branca ser hasteada.
Tudo desmoronou sem uma troca de palavras ríspidas sequer, e eu simplesmente não estava preparada para isso .
Deus é testemunha de que eu devia estar . Algumas noites antes eu havia acordado de madrugada e fiquei sem sono , pronta para uma boa rodada de preocupações , coisas que muitas vezes acontecia , geralmente provocada por trabalho ou dinheiro . Sabem como é , o de sempre muito de um pouco de outro.
Só que recentemente – provavelmente não tão recentemente assim- eu me pegava preocupada comigo em relação a Garv . Será que as coisas iam melhorar ? Será que já haviam melhorado , mas eu não enxergava?
Na maioria das noites , não chegava a nenhuma conclusão e tentava voltar a dormir , mesmo preocupada . Daquela vez porém , fui acometida por uma súbita e indesejada visão de Raios X . Consegui ver através da cômoda rotina diária , da cumplicidade das palavras especiais que usávamos um com o outro , do passado que dividíamos e o meu olhar chegou até o coração de Garv e ao meu também , e percebi tudo o que acontecera nos últimos tempos . Toda a fantasia se desfez e eu tive um pensamento horrível , porém muito claro : estamos com um problemão nas mãos .
Isso me deixou literalmente gelada . Todos os cabelinhos do meu braço se eriçaram e uma sensação congelante se acomodou entre as minhas costelas . Aterrorizada , tentei me animar pensando na montanha de trabalho que me esperava no escritório na manhã seguinte , mas não adiantou nada .
Então me lembrei que meus pais estavam ficando idosos e que a filha que ia ter que acabar cuidando deles era eu . Tentei ficar pensando nisso para afastar a cabeça do casamento mas não adiantou nada .
Depois de algum tempo , tornei a pegar no sono , cocei o braço até fazer ferida, rangi os dentes com vontade, acordei com a boca cheia de cascalho e fui em frente .
Eu devia ter percebido que quando pensei “ estamos com um problemão nas mãos” , na verdade já estávamos há algum tempo , e de verdade.
Na noite em questão , tínhamos combinado de sair para jantar com Elaine e Liam , amigos de Garv . Quem sabe , se a nova TV de plasma de Liam não tivesse despencado da parede e caído em cima do seu pé , quebrando-lhe o dedão , e tivéssemos ido jantar fora , em vez de eu ir direto para casa depois do trabalho , talvez eu e Garv nunca tivéssemos nos separado?
A ironia é q eu estava rezando para que Elaine e Liam cancelassem o jantar. A chance era boa - nas ultimas três vezes em que havíamos combinado de sair,o encontro não aconteceu.Da primeira vez,Garv desmarcou porque estávamos esperando pela nova mesa da cozinha,que haviam ficado de entregar naquele 

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